Depois de muitas denúncias de abuso policial, de um descrédito acentuado na própria instituição (promovido pela massiva divulgação de fatos negativos, de exceção), os jornais de hoje nos trazem a notícia de uma mega-operação policial levada a efeito ontem (Estadão, Folha, Globo).
É importante notar, sobre este fato, que ele traz um certo "despertar" de integrantes da instituição, que acreditam no cumprimento do dever. Num primeiro momento, a uma análise mais rasa, pode parecer mais um ato performático a atrair a atenção benfazeja da população.
Mas parece, no entanto, que um olhar mais profundo sobre o fato em si (enquanto resultante de um reconhecimento de necessidade, de um fruto de planejamento coordenado e de uma ação da força do Estado como um todo - tanto no sentido de que a ação foi tomada simultaneamente em todo o território nacional, quanto no sentido de que a Magistratura e o Ministério Público estavam cientes e atuantes no evento superlativo), mostra que se caminha, a passos largos, para a constituição de uma unidade dentro do Estado, que tem como ponto de origem a intenção do cumprimento do dever de ofício.
Pode parecer que isto é pouco, que é só um "fogo de palha". Mas também pode, diante de uma ação continuada no mesmo sentido, se revelar como a semente de um movimento cuja resultante deve trazer ao povo em geral um novo estado de coisas: o sentimento generalizado de segurança.
E quem se lembra, hoje em dia, daquele sentimento coletivo de impotência, de insegurança e de frustração, que experimentamos em São Paulo, naquela fatídica segunda-feira pós-quatrocentos e tantos ataques coordenados e perpetrados pelo crime organizado?
Isto pode ser um sinal de mudança na estrutura íntima do Estado que, esperamos, não seja, no final das contas, entregue a nenhum déspota, para usufruto pessoal.
Saudações, João
É importante notar, sobre este fato, que ele traz um certo "despertar" de integrantes da instituição, que acreditam no cumprimento do dever. Num primeiro momento, a uma análise mais rasa, pode parecer mais um ato performático a atrair a atenção benfazeja da população.
Mas parece, no entanto, que um olhar mais profundo sobre o fato em si (enquanto resultante de um reconhecimento de necessidade, de um fruto de planejamento coordenado e de uma ação da força do Estado como um todo - tanto no sentido de que a ação foi tomada simultaneamente em todo o território nacional, quanto no sentido de que a Magistratura e o Ministério Público estavam cientes e atuantes no evento superlativo), mostra que se caminha, a passos largos, para a constituição de uma unidade dentro do Estado, que tem como ponto de origem a intenção do cumprimento do dever de ofício.
Pode parecer que isto é pouco, que é só um "fogo de palha". Mas também pode, diante de uma ação continuada no mesmo sentido, se revelar como a semente de um movimento cuja resultante deve trazer ao povo em geral um novo estado de coisas: o sentimento generalizado de segurança.
E quem se lembra, hoje em dia, daquele sentimento coletivo de impotência, de insegurança e de frustração, que experimentamos em São Paulo, naquela fatídica segunda-feira pós-quatrocentos e tantos ataques coordenados e perpetrados pelo crime organizado?
Isto pode ser um sinal de mudança na estrutura íntima do Estado que, esperamos, não seja, no final das contas, entregue a nenhum déspota, para usufruto pessoal.
Saudações, João